quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Em direção às nuvens, ou algo que compare a tal fato.

Estávamos perdidos na frente de um lago... Nossas discussões eram tremendas; e tínhamos um assunto a resolver: o nosso amor. Amor, que durou tanto tempo atrás de janelas, embaixo de camas, colados em paredes, suados pelos lençóis, e molhados de tanto ecstâse (é claro que não escreve assim).
Eu pensava em outra pessoa: a pessoa que representava a nuvem, ou o cinza. Tive que me decidir em 10 minutos com quem ficaria. Se eu ficaria com a nuvem... ou se eu preferia a terra. A terra éra veterana; já estava na minha vida fazia quase 1 ano. Agora, a Nuvem, era de 1 mês... Será que o correto é escolher a pessoa que com mais tempo fiquei?
Entre esse lado fiquei perdida, pois era a segunda vez que eu passava por isto. E da primeira vez, escolhi ficar com a pessoa que eu já estava; e no segundo caso também.
Acredita que estou prestes a viver um terceiro momento? E acho que vou escolher a pessoa que estou por pouco tempo. Farei isto, pois, a pessoa de tempo maior, provavelmente não estará mudada para nossa volta...

Admito: eu ainda penso. E sempre vou pensar. Mas na semana do dia 09 e do dia 17, esses pensamentos chegaram perto de zero. E agora, posterior à semana 17, eles estão voltando, com um pouco mais de carga... Acredito eu que são passageiros, e que não vão durar por muito tempo.
Eu sinceramente tenho medo de admitir qual é a minha situação real. Estive (estou) apaixonada, e estou fazendo com que seja diferente. Porém, não depende só de mim... né?

No dia em que decidi ficar com a terra, senti o meu sentimento sendo levado com o vento, em direção às nuvens. Sei que ali ele ficaria por um bom tempo, e depois acabaria morrendo sem suprimento, talvez. Sei apenas que ele ficou ali, algum tempo... e não sei se morreu. Talvez sim, pois agora tenho outros planos. Tenho que parar de brincar de ping pong e devo escolher um lado logo pra ficar! E isto vale para todos os aspectos.
Não me arrependi por ter escolhido a terra, mas eu não o merecia. Fui maldosa por tanto tempo, e cometi o pior dos erros. Ainda gosto dele, só que tento negar isso para mim. E se continuar a gostar, uma hora vai voar todas as minhas negações, e eu vou acabar correndo atrás. Isso, claro, se ainda continuar gostando...
Foi doloroso ter deixado a nuvem; e foi tão prazeroso sentir o dia, quando decidi isso. Sentir o sol, sentir o céu... tudo parecia tão mais calmo, e sem pressa para acontecer. E hoje, todo dia que saio lá fora e vou na sacada, eu vejo esse dia se repitindo. Sinto a mesma coisa que senti nesse dia quando escolhi ficar contigo, K. Sinto todo dia... e não sei até quando sentirei.
Mas agora são só lembranças...
que a parte ruim eu quero esquecer.
Lembro-me dos insetos, e acho que você também. Eu pedi ajuda pra você, queria que me tirasse de todo aquele inferno. E à quase 30 dias, você me colocou nesse inferno maldito de novo. E agora me tirou, porque? Porque me mandaste um recado, pedindo pra eu não sumir?
Porque me dirou do inferno? Agora vivo bem, pelo menos tento... Percebo que a melhor coisa que você fez foi ter me deixado. Porém, se não tivesse deixado, acho que você não se arrependeria, pois eu era uma nova pessoa. Os dois caminhos, afinal, nos levariam para bons resultados. A diferença é que por você ter me abandonado, tive consequências ruins no começo: o sofrimento.
Mas tudo passa... e direi adeus um dia? Segundo minhas escrituras, meus poemas, meus contos, meus pensamentos, NÃO.

Agora são só lembranças...

domingo, 11 de outubro de 2009

6 out 200?

O dia que eu faço questão de esquecer.
Me joguei em direção a luz... mas nem sempre a luz, é a salvação. Foi isso mesmo, eu não encontrei tudo que eu achei que encontraria, seguindo a luz. Ela apenas me cegou, e fez eu cometer o pior dos erros. Existe erro maior que a traição? Não exatamente a traição amorosa; mas a de confiança, a de mentiras, a de fatos mal explicados... Ou pior, a traição de si mesmo. Foi o que fiz: confiei em alguém que me daria tudo; e que não me deu nada. Confiei em alguém que pensei que me daria felicidade... de fato, deu. Mas por quanto tempo? Posso até dizer, sem medo, não foi nem 3 semanas. Fiquei com a felicidade por um mês; e ao mesmo tempo, com a indecisão. E a consequência foi, 3 semanas de DOR. PURA DOR. Que eu quero esquecer, e jogar no lixo! Jogar e pisar, pisar demais, até que essa pessoa morresse, era o que eu queria. Ela que me ofereceu a felicidade... mas eu não sabia que ela viria com a mesma quantia, em dor.
E o ódio? Por 6 meses eu não queria nem saber do nome de tal pessoa; se eu a visse, eu a mataria. E não é que vi? Vi ela, mas não a matei. Aji pacificadamente, pois, eu , como sempre, finjia ser o que não sou. Ah... Ele nem desconfiava o quanto de RAIVA que eu estava. E nem sabia que eu queria que ele MORRESSE com seu próprio sal. Suas veias eram muito salgadas! Claro... por isso não demos certo. Como eu conseguiria dar certo com alguém com veias muito salgadas? Eu sentia o gosto na boca... e pedia por mais. Mas eu não sou muito com coisas salgadas; meu negócio é doce. Porém, prefiro ficar com rapazes de veias SEM TEMPERO. É bem melhor; assim eles conseguem agir naturalmente. Ao contrário dos salgados, que quanto mais forem salgados, mais dor irá me proporcionar...
E eu disse: "morra. se precisar de mais sal..." Afinal, o que é isso? Ok, vou explicar. Já expliquei um pouco ali em cima do que se trata. É o seguinte, todo mundo tem veias. Se tem veias, tem sangue... E o sangue pode vir acompanhado de sal dissolvido, ou de açúcar, ou ainda, de nada. Posso dizer que o salgado é o melhor; mas também, ele vem acompanhado de seu oposto. Toda felicidade que você tiver com um rapaz de veias salgadas, ele te dará o mesmo em sofrimento. Então, agora compare com os outros...
O de veias doces, é melosinho. Fica no teu pé, pois te ama... Não sabe falar direito, não sabe se expressar, mas ele te ama pra caralho. Isso é uma característica das veias doces. Elas te querem muito; mas não sabem lidar com esses sentimentos.
E o sem tempero? Simplismente, o sem tempero, tem TUDO o que os 2 últimos têm. Só que, de uma forma diferente: tudo acontece naturalmente. Não tem influência de tempero algum; ou seja, o tempero no sangue não vai lhe motivar a te trazer dor ou felicidade, não vai fazer o rapaz de amar mais ou menos. O sangue sem tempero oferece a naturalidade de sentimentos. Oferece o que a pessoa é em si; com suas mudanças, com seus erros, com o seu amor mútuo ou não. Tudo acontece sem depender de "leis de tempero". Você sofre, você ama; você corre, você sofre. É todas as características do salgado e do doce, porém, o sem tempero acontece naturalmente...
E por isso digo, viva o sem tempero! Ele não é impessoal; ele é neutro. Não tende para nenhum lado...
Por isso eu odeio esse desgraçado de veias salgadas! Eu o odiei por tanto tempo, mas nunca soube admitir. Até que, semana passada, eu o encontrei. E disse tudo, tudo que um dia eu pensei em dizer...
Não senti remorço. Não senti dor. Senti pena dele. Pois ele se tocou por tudo que fez; se tocou pela dor que me provocou. Pela ilusão que me deu. Eu te odiei... te odiei... Mas não te odeio mais. Você não é mais especial. E está fazendo outra sofrer, boa sorte! Pois um dia ela dirá a mesma coisa que eu te disse... e você ficará arrependido! HhahaahhaAHaHAHAHaHAHAH
Vai lá tomar no cú... toma no cú, viado.

Acho que por enquanto é só, apesar que tenho muita coisa pra dizer deste dia... e muita coisa pra dizer quando nos encontramos pela última vez.
Mas por enquanto é só, preciso fazer outras coisas, pensar no príncipe desencantado, na laranjeira que dá maçã, nas ilusões, no ritual, no sábado a noite, e no "passeio a caminho de um sábado à noite".
(L)z

sábado, 10 de outubro de 2009

Junkie ou Minipunk?

Não foi como eu imaginava, o tal encontro. Tenho vergonha até de escrever.
Conheci um garoto que, peloamordedeus. Ele me lembrava alguém, que eu queria tanto lembrar... E lembrava mesmo não querendo. Esse garoto parecia tanto com essa pessoa, o K... E isso me deixava um pouco alegre, embora eu negasse todos os sentimentos possíveis a partir desse ponto. É claro que fuji do que eu poderia sentir... afinal, a semelhança que os 2 tinham era imensa. Imensa que se tornou pequenina, quando o conheci ontem. Eu não queria sentir nada pelo Jr, pois eu já tinha quem amar. mesmo não sendo amada. mesmo pelo todo ódio da humanidade que eu estava sentindo.
Então, continuei a minha rotina. Continuei a minha dor, e esqueci a possibilidade desse sentimento "inútil" que eu achei que eu teria pelo Jr. Pois se eu tivesse, ia ser mais uma dor pra minha vida. Tudo começaria, e teria um fim. Um fim drástico, em que eu estaria condenada a dor sufocada dos prazeres internos da solidão...
Chamei Jr. para vir até maringá, para que a gente se encontrasse. Para que tirássemos um rolê, bebêssemos um pouco, e ficássemos bem pirados. Eu queria mais éra conhecê-lo. Eu sentia uma pulsão quando conversávamos pelo msn, mas deixava de lado tal desejo.
Antes de nos vermos, andávamos conversando um pouco mais no msn. Não posso negar, eu que comecei a ir fundo. Sua personalidade ia me atiçando, eu precisava matar as minhas dúvidas. E perguntei, e perguntei. Com um pouco de receio é claro, pois ele não era ninguém pra mim. Só algo em mim queria saber de algumas coisas... E perguntei. Depois, foi ele quem começou a falar. A falar, e não perguntar... Falava como ele era, para relacionamentos. Veja só, isso tem alguma coisa ver com uma conversa entre amigos? E ele era igual ao K... Ou pelo menos muito parecido. Era ciumento, se entregava fácil, e sentia muito. Era romântico, e sentia muito. Se entregava, mas não ligava para as consequencias. Não é bem se entregar sem pensar, mas é como uma coisa que, você sente na hora, mas que não quer pensar no que vai ser depois. Isso se chama inconsequente?
É claro que essas características me chamaram ainda mais. Afinal, eu estava gostando daquilo, como gostava no K. Porém, tive uma certa dúvida se tudo que ele me falava era verdade... As vezes ele poderia me dizer, apenas para construir uma imagem bonita para mim. Mas não é que era verdade mesmo? Pois quando nos encontramos, ele disse tudinho. Tudinho e um pouco mais, ou melhor, bem mais. O seu olhar botava medo em mim, eu disse. E que medo...

Junior é tourino. Sabia que capricornianos COMBINAM com tourinos(ou taurinos)? Ciumento, carinhoso, inocente, obsceno, pegajoso, ingênuo, corre atrás demais, é sentimental, é romântico. De fato, tudo que eu precisava. Eu já andava em umas piras de beber. Sentia vontade de me afogar no álcool, de beber até pelos olhos. Me afundar em solidão. Afundar em decepção. Em pensamentos. Vontade de ficar na rua até de madrugada, bailar a noite, ficar jogado entre os mijos dos mendigos, com uma garrafa de vinho ou de cachaça do lado. Imagine-se agora que eu tenho um companheiro. Tudo isso me inspira a escrever; me inspira a pensar demais na vida... Jr gostade tudo isso. Quer se formar em letras; é um junkie desgraçado que vive na rua sujo, com uma vodka do lado, com um rasgo do tamanho do mundo no joelho, com uma jaqueta rasgada rebitada. Com um nariz torto de tanto levar soco feminino. É, né... Procuramos a mesma coisa. Mas tenhamo-nos um pouco de calma, o desconhecido das respostas inatas aguardam-nos. Essas respostam esperam a gente para que possam ser encontradas, mas elas estão bem escondidas... Para acharmos, precisamos tentar alguma coisa juntos? ME diga, o que são essas questões... por que elas nos surgem assim do nada, sem explicação? Por que lhe pedi um abraço, se você era um desconhecido para mim, que mandava todos se foderem (assim como eu... por dentro)? Tudo parecia tão estranho... mas a resposta ainda nos aguarda, e ainda sairemos correndo um para casa do outro, em busca.

Enfim, sexta. Dia 09. E era dia da 5° lua. Será para mim 5 luas cheias? Pareceu-me que sim... mas Deus me deu uma resposta muito diferente da que eu esperava. Eu não esperava um sentimento novo, mas sim, a volta do antigo para as duas pessoas. Conheci Jr neste dia, em que ele saiu de Apuk para vir pra cá. "Vou fazer de tudo pra ir", ele disse. Não botei fé... mas não é que ele fez mesmo?
Então, tão estranho, ele aparece assim, e eu não conseguia olhar para o seu rosto. Lembro-me do dia que eu o vi pela primeira vez, quando ele estava com sua ex-namorada. Pensei que ele tinha uns 20 anos, mas nem era.
Quando o vi ontem, cheguei nele, e dei um "abraço" e um beijo. E o seu beijo chegou muito perto de minha boca; mas não sei se foi por querer ou sem querer. Talvez tivesse sido sem querer; pelo menos era o que eu queria acreditar. queria, será?
Fomos aos fundos para conversamos. De início, falamos sobre tudo. Assuntos gerais. Nada de tão especial assim... Até que eu perguntei daquele dia que nos vimos, em Apucarana. Ou melhor, perguntei porque ele não namorava mais aquela menina, que ele estava abraçando. Bem direto, disse: "somos muito diferentes". Pior que isso, ela era uma funkeira, e ele um punk, e ainda ela havia mentido e traído-o. Bem pior do que essa simples frase...
Aprofundei mais no assunto. Onde eu queria chegar? Não sei. Pois uma coisa me pedia para não me limitar em atos; mas mesmo assim eu me limitava. Sobre perguntas, perguntei o suficiente. E sobre carinhos, não fiz muita coisa. O medo era maior, em que ele mesmo notou. "Porque você fica olhando o horizonte?" "Porque está cabisbaixa? Com o rosto para baixo, com o olhar triste?" "Sinta meu coração." "Você é especial." "Amor é... se sentir tão feliz, que você chega a ficar triste." "Eu gosto de dar abraços." "Eu não sei se já amei alguém." Essas foi algumas frases que ele disse para mim.

Um sentimento estranho me consumia. Estranho comparado com o do bruno, do jeff, da isa... dessas 3 pessoas, eu não ouvia vozes me pedindo pra tentar. não ouvia o desconhecido falando. falando coisas que eu não entendia bem...
[continua...]

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Raiva II

E minha raiva continua... conforme vivo neste poço que me enfiaram. Quem dera se fosse um poço isolado de todos... Mas as pessoas vem e vão, em direção do meu esconderijo, e cutucam com uma vara, pra saber se estou lá parada, ou se fuji. Eu quero continuar lá, e porque esses homens vêm e me cutucam, pra saber se ainda existo? Eu quero morrer pra vocês! Vão se foder, bando de idiotas...
E cada dia que passa, descubro mais quem eu sou. Em questão de odiar as pessoas...
Odeio, e odeio mesmo. Afinal, me escondi por tanto tempo. Escondi meu ódio por tanto tempo; eu não queria que descobrissem o quanto eu odiava a humanidade, e também, o quanto eu me odiava. Ah, como me odeio... mas eu não sinto isso agora. Esse sentimento apenas está adormecido em mim. Mas eu me odeio, mas não sinto isso agora. Mas me odeio...
Enfim, senti essa tal raiva chegar em meu limite, como eu disse para Amâncio desse limite. Quero acumular toda a raiva possível, para poder explodi-la com muito mais vontade... E quem estiver por perto, vai sentir a minha "lama quente". E que quente...
Porém, quem me amará, ou quem me ama, não sentirá lama alguma. Sentirá o calor, é claro que, bem menos. Sentirá o calor como uma água morna em sua cabeça... Se sentirá bem. Não quero prejudicar essas (ou melhor: essa?) pessoa(s).
E hoje, posso dizer que, quem me ama, eu também amo.
E sem excessão. Antes, quem me amava, eu não amava... mas eu falo de AMOR, e não de GOSTAR. Mas o que posso fazer agora, que as pessoas me abandonam?
E aumenta minha raiva por isso... elas roubam tudo de mim, e vão assim, como se nada tivesse acontecido. Roubam minha inocência, o meu desejo. Disse tudo (ou quase tudo) que sentia, e eles levam para algum lugar desconhecido as minhas palavras... E o que farão com minhas falas? Apagarão, ou guardarão por querer? Ou ainda, deixarão permanecer em seu subconsciente?
Como pude deixar isto acontecer... Logo eu, rainha das dores, em que tinha controle dos sentimentos de quem me interessavam... logo eu, que sempre amei demais, mas sempre na hora errada... logo eu que, dei tanto sofrimento às pessoas, e essas me amavam mesmo assim.
Logo eu, que amo.
Pegaram de mim tudo que havia de bom, e foram embora... Na verdade, quem fez isso, foi apenas 1 pessoa.
Por que acha que não sei mais quem sou? Nem sei porque vivo... não tenho mais motivação. Nada tem mais valor.
Não sou mais quem eu sabia que era, pois me levaram O MEU PRÓPRIO EU. LEVARAM QUEM EU SOU. E deixaram apenas meu corpo, e um pouco de pensamento (para pensar nessa pessoa) e raciocínio (para poder estudar, e falar, pelo menos, com alguém.)
Pois deveria ter levado tudo! E só ter deixado meu corpo, e minha irracionalidade.

Eu te amo.
Você provoca minha raiva, perante a humanidade...
E és o único que eu não odeio.


Flores aos rebeldes que falharam

Por tantas vezes pensei saber o que fazer
Mas sempre acabei por tomar cuspido em minha cara tudo o que acreditei
E já não posso suportar
Já não consigo acreditar que vai ser diferente ou vale a pena tentar
Carregamos tantos vícios que já não há virtudes pra contar
Cultivamos precipícios em que despencamos sem pensar
E a história não para e não procuramos saber se realmente queremos viver sem aprender
Como pude ser tão idiota e voltar se tantas vezes eu errei
Como pude segurar em suas mãos se eu sei
Sei que você vai me largar e que não vai adiantar o gosto amargo nunca vai passar
Carregamos tantos vícios que já não há virtudes pra contar
Cultivamos precipícios em que despencamos sem pensar
E nunca conseguimos nada
Todos sonhos que tivemos condenamos ao esquecimento e ao nosso próprio desprezo
E nós que tanto lutamos, tanto sofremos e erramos, acabamos por achar tudo aquilo sem graça demais
De nada vai adiantar fingir certeza em seu olhar
Se toda vez terminamos por recolher os cacos que restaram de nossa auto-estima
Quando outra vez plantamos cinzas que nunca vão florescer no jardim de nossos sonhos...



Tem momentos que penso que você pensa exatamente o que se passa nessa letra.

Eu ainda tenho esperança... e posso estar esperando o que não vai vir.


Acho que é sua vez de jogar

Anita diz:

Já não é mais o mesmo...

Gray diz:
Então por que insistir em remar em vão?
Quando remos sem pás não conseguem mais nos mover?
Quando o silêncio não deixa respirar,
Nem a amarga brisa toma o lugar do vazio, Um de nós, não sei quem, diz: é infinita a dor
Ao sentir que...

Já não sei se restou algo no ar...
Já não sei se restou algo no ar...
E já não sei se há algo mais a perder. (x2)

Anita diz:
Quem me dera teus olhos pudessem ver por trás dos meus,
Agora que nossos mundos estão tão distantes mesmo perto de ti,
Por mais que estenda meus braços não mais posso te tocar,

Gray diz:
Não mais sou capaz de esconder que estou cansado demais pra lutar...
E que por vezes eu quis tanto, que meu corpo sumisse no ar...
Só pra não ter que escolher...
Só pra não ter que voltar...


Gray e Anita dizem:
Já não sei se restou algo no ar...
Já não sei se restou algo no ar...
E já não sei se há algo mais a perder. (x2)

Já não sei...
Já não sei...

Mas nos amamos... e dizemos o que se parece que é provável. Porém, ele pode não ser, se querermos. Se tentarmos.

Já disse que quero voltar?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Elisa, irmã de Fernanda

Afinal de contas, os dias passam... e faz 19 dias que não vivo direito. Vivo sobre o ódio, mas não vivo sobre a experiência. Sinto um vazio... nada me atinge. E eu também não atinjo ninguém. Vivo como um vazio... eu iria dizer que é como a névoa. Mas a névoa, é muito mais que o vazio... ela é o príncipio para o Infinito.
Me sinto em um infinito... mas um infinito, que não possui nada. Ele não tem cor; ele é transparente. Nele não existe atos; existe apenas um vento que te leva para algum lugar, que não existe. Ou melhor, não te leva para nenhum lugar. É difícil explicar o que sinto... mas eu quero sair daqui. Eu preciso sair daqui..
E a pessoa que me colocou nesta prisão não quer me ajudar... e ao menos sabe que eu preciso de sua ajuda. Sua ajuda não é a névoa; não é um beijo. Sua ajuda, é sua amizade, sincera. Me ajude... estou trancada em um lugar que não queria estar. Quero sair daqui, quero poder viver. Quero poder sorrir, ou odiar; quero poder chorar, ou não; quero poder voar... e não andar. Quero sair daqui...

Ontem, depois do intervalo da faculdade, fui ao "encontro" com o Charles. Eu havia dito que o ajudaria nas questões de Sociologia... eu estaria ajudando a ele, e a mim mesma. Eu não sou a cdf da sala, pelo menos pra mim. Mas tem muita gente que fala que sou... Bom, isso não importa. Importa que, eu já comecei a aprender a falar a explicação de algo para alguém. E comecei com Karl Marx, que era a questão mais difícil: o que é materialismo histórico e dialético. Comecei com minhas palavras que, materialismo histórico = realidade histórica, e a dialética é a contradição existente na realidade. E essas contradições são o plano material e ideal... que para Marx, eram designados como Estrutura e Superestrutura.
Vinícius chegou na hora da explicação, pois ele precisava também. Então nós 3 fomos andando (e eu achando que estávamos andando para qualquer lugar), mas na verdade estávamos indo em direção de uma linda moça. Ela usáva óculos, tinha cabelos pelos ombros; cabelo liso... Alguma coisa me chamava para a sua aparência. Me lembrava alguém, é lógico. Lembrava da Fernanda.
Eu ouvia suas palavras calmamente... sentia o seu leve toque de falar. Percebia que sua voz era um pouco grossa, que tinha interpretações subjetivas. Ela era parecida com Fernanda... Até que perguntei, quem era sua mãe.
Na certa, eu sabia o que ela iria responder. E eu estava certa, ela era filha de quem eu pensava; e era irmã da Fernanda. Perguntei: você é fotógrafa? Pois ela estava tirando foto do Charles. Ela me respondeu que não, mas disse que era publicitária.
No mesmo momento, olho para o lado, e vejo a Priscila, antiga conhecida minha. Cumprimentei, e perguntei algumas coisas básicas.
Eu e aquela moça, aquela moça e eu, aquela moça e os meninos, conversávamos. Senti uma leveza por dentro, um pouco de paz. Descansei o meu ódio por alguns curtos minutos. Então... agora aquela garota nos levava para outros passos: em direção a nossa sala. Até que, eu vi que já eram 21:10, e eu precisava entrar pra sala, pra fazer a prova de Sociologia.
Me despedi de meus amigos, que iriam entrar um pouco depois. E então perguntei para aquela linda garota... qual era o seu nome.
Ela disse ser Elisa. Meu coração parou. Meu corpo estremeceu. Minha verdade, que antes era verdade, se tornou mentira. Tudo havia se tornado ILUSÃO, depois de ela dizer qual era seu nome. Minha expectativa caiu... meus momentos de paz sumiram. E o ódio voltou; a dor se espalhou por todo o meu coração. E queriam sair pelos dedos, de pura repressão de minha alma...
Elisa... Não foi a toa que ela tinha esse nome; não foi a toa que nos encontraríamos bem quando fez 18 dias de perdição de meu espírito. Não foi coincidência. Seu nome apareceu para mim novamente, para eu lembrar de quem eu realmente era. Para eu lembrar o quanto eu odiava esta garota, que nem se quer conhecia. Para lembrar que meu ódio ainda pode evoluir muito mais... comparado a ela. E eu, não sei se foi feliz ou infelizmente, mas eu ocupei o seu lugar. Eu já me colocava como uma Elisa. Aliás, eu sou. Eu já fui. Eu era. E sou, e serei, para sempre.

[continua, mas eu quero que pare por aqui.]